Bento XVI, no dia 10
de Maio de 2012, reconheceu por decreto as virtudes heróicas do Servo de
Deus Padre Jacques Sévin, fundador do Escutismo Católico.
Jacques Sévin,
sacerdote jesuíta francês, conhece o escutismo em Inglaterra.
É por ele
que o escutismo chega a França, é considerado o fundador do escutismo
católico no seu país, que depois se há-de expandir para o resto do
mundo. Escreveu várias obras entre as quais «O Escutismo», obra
contemporânea do surgimento do escutismo católico em Portugal, no ano de
1923.
Esta obra foi editada em português há um ano pela Editora Paulinas e a Região de Setúbal.
O Pe. Jacques Sévin
intui a importância do método escutista na educação cristã dos jovens,
apesar da desconfiança dos franceses face aos ingleses, da dúvida do
catolicismo face a algo que nasce em âmbito protestante, e apesar de
muitos católicos verem o escutismo como uma manobra maçónica para
afastar os jovens da Igreja.
Ele encontra nos textos de Baden Powell os
instrumentos necessários para uma renovação dos métodos pedagógicos na
educação da juventude, e chega a comparar o sistema de patrulhas com a
pedagogia inaciana.
Jacques Sévin jamais
reconheceu outro mestre, outro chefe, que o «Chefe eterno», Jesus
Cristo.
O escutismo foi para ele o caminho para seguir o apelo do
Mestre. Afirma ele que «a ambição de todo o chefe de patrulha deve ser
seguir o Mestre e ajudar a sua patrulha a fazer o mesmo.» Jacques Sévin
dedicou toda a sua vida à causa escutista, é graças a a ele que o
escutismo teve enquadramento na Igreja Católica.
O Pe. Jacques Sévin é
para nós, escuteiros católicos, uma figura incontornável, que deve de
ser conhecida, e os seus escritos sobre o escutismo lidos e relidos.
A Região de Setúbal
distribuiu, há dez dias, nos Jogos de Primavera, quatro mil pagelas com
uma fotografia do pai do escutismo católico, Jacques Sévin, com uma
oração (com aprovação eclesiástica) pedindo a sua elevação aos altares,
para que a Igreja proclame a sua santidade de vida. O fato do
reconhecimento das suas virtudes heróicas é já uma afirmação clara que o
caminho escutista é um caminho de santidade, um caminho para Deus, como
o foi para o Servo de Deus Jacques Sévin.
Pe. Marco Luis, Assistente Regional de Setúbal do CNE